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Entre em Chernobyl e veja a cidade-fantasma em 360 graus

Documentário em realidade virtual te deixa explorar o local do maior acidente nuclear da história.

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 26 abr 2019, 16h58 - Publicado em 6 Maio 2016, 18h15

O desastre de Chernobyl completou 33 anos e ainda é o pior acidente nuclear da história. Muita gente gosta de ver de perto a destruição que a explosão da usina causou e os povoados ao redor se tornaram pontos turísticos. Mas grande parte da cidade de Pripryat, hoje na Ucrância, assim como o que restou da usina, ainda tem níveis altos e perigosos de radiação. Visitar a área, portanto, é proibido.

A tecnologia, porém, ajuda a resolver esse problema – e até facilitar para quem não teria grana para ir até Chernobyl. O programa de TV americano Frontline e a Universidade de Nova York fizeram uma parceria para produzir um documentário de realidade virtual, que permite navegar 360º por todas as imagens do vídeo.

Não bastasse a inovação do formato, o grupo foi até a Ucrânia fazer um tour pelas ruínas da cidade abandonada – que um dia abrigou 300 mil pessoas – e chegaram até o local exato do acidente nuclear. Quem guiou a equipe através da zona de exclusão, nome dado à região contaminada pela radiação, experimentou em primeira mão o desastre: Aleksandr Sirota tinha 9 anos quando a cidade em que morava foi evacuada depois do incêndio na planta nuclear. Agora, ele é guia turístico, e faz tours de aventura nas proximidades de Chernobyl.

A região proibida mostra decadência de qualquer ângulo que o espectador escolher. São cenas de clubes, escolas e prédios que compõem uma cidade com estrutura para abrigar milhares de pessoas, completamente abandonada desde abril de 1986. Explore abaixo (é possível clicar na tela e arrastar para assistir a ângulos diferentes):

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LEIANada se decompõe em Chernobyl

O pesadelo de Chernobyl ainda afeta muita gente. Entre 5% e 7% dos gastos do governos da Ucrância são dedicados à contenção de danos em Chernobyl. A Bielorrúsia também tem custos bastante altos com a usina, que ficava a 16 quilômetros da fronteira entre os países. E, enquanto só 0,5% do território da Ucrânia ficou contaminado, a Bielorrúsia precisa lidar com a contaminação de 23% de sua área – o problema chega ao ponto de 1 em cada 5 bielorrussos morarem em áreas radioativas.

E ainda tem muito a se fazer por lá: os governos da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia, os três países afetados pelas explosões, estão construindo um arco de aço gigantesco para cobrir o reator nuclear da usina, que foi embalado às pressas em um sarcófago de concreto na época do acidente. A ideia é que ele seja instalado no ano que vem e sele as partículas radioativas do reator pelos próximos mil anos.

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