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Menos tempo fritando na cama

Essa é a promessa do Somnee, um gadget que promete induzir o sono 50% mais depressa – e reduzir em 33% os momentos em que acordamos sem querer durante a noite.

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 out 2022, 10h06 - Publicado em 16 set 2022, 10h27

O aparelho usa a estimulação elétrica transcraniana (tES), que consiste em aplicar uma corrente elétrica de baixíssima intensidade, de 1 a 2 miliampères, sobre o cérebro. A técnica é estudada há décadas, e empregada de forma experimental no tratamento de algumas condições neurológicas – o Hospital Johns Hopkins, um dos mais importantes dos EUA, usa esse método para tratar AVC (derrame cerebral), Parkinson e depressão severa.

No caso do Somnee, a ideia é induzir um processo que acontece naturalmente quando adormecemos, a desaceleração das ondas elétricas do cérebro. O fabricante diz ter realizado 1.500 sessões de teste com o aparelho – nas quais os voluntários pegaram no sono 50% mais rápido, acordaram 33% menos durante a noite, e dormiram 30 minutos a mais. Esses resultados ainda não foram publicados em um jornal científico independente.

O gadget deve ser usado por 15 minutos, logo ao  deitar. Ele mede a frequência das ondas cerebrais com um sensor de eletroencefalograma (EEG), e aplica corrente elétrica para tentar ajustá-las.

Montagem infográfica indicando os componentes do dispositivo da Somnee: eletrodos de gel, revestimento lavável, base de carregamento e sensor de eletroencefalograma.
(Arte/Somnee/Reprodução/Superinteressante)

A pessoa sente um leve formigamento nos pontos de contato com os eletrodos. Eles precisam ser trocados a cada três noites (o fabricante pretende vender uma assinatura mensal com 10 eletrodos). Não é necessário dormir com o Somnee na cabeça. Mas, se o usuário optar por fazer isso, ele se transforma num monitor de sono: usa o EEG para registrar a atividade elétrica do cérebro durante a noite, que depois você pode ver em gráficos num app. 

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A tES é considerada segura. Mesmo assim, o fabricante diz que o aparelho – que está em pré-venda nos EUA, por US$ 185 – não deve ser usado por menores, grávidas ou pessoas com epilepsia, e também tem um mecanismo de segurança: ele só liga uma vez por noite.

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