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O segredo do ‘histórico de atleta’ de alguns pode estar no intestino

Amostras fecais de maratonistas mostraram a existência de mais bactérias que ajudam na resistência

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
21 jul 2019, 17h48 • Atualizado em 20 abr 2020, 20h24
  • Atletas de elite são presenteados pela natureza: Michael Phelps não teria a mesma coleção de medalhas se não fosse geneticamente predisposto a um corpo tão adequado à natação. Agora, cientistas acreditam ter descoberto uma característica inusitada que torna a performance de alguns atletas melhor que a de outros – as bactérias do seu intestino.

    Estudando amostras fecais de maratonistas, cientistas de Harvard encontraram bactérias do gênero Veillonella em uma concentração muito maior do que a vista em pessoas sedentárias. A Veillonella converte ácido lático – que é produzido pelos músculos durante exercícios pesados, e causa dores musculares quando acumulado – em propionato,  que melhora o desempenho em exercícios como a corrida, por exemplo.

    Os benefícios já foram comprovados em ratos, em duas fases. A primeira, com propionato: a substância, já pronta, foi injetada pelo reto dos bichinhos – e aí os cientistas mensuraram como ele afetava o desempenho dos animais nas famosas rodas de exercício. Resultado: eles corriam por mais tempo sem cansar.

    Depois, os cientistas precisaram confirmar se a Veillonella seria um caminho viável para atingir o mesmo efeito. Deixando o reto dos animais de lado, eles preparam probióticos orais, contendo a bactéria, e ofereceram o preparo às cobaias. Mais uma vez deu certo, e a performance deles na corrida melhorou.

    Agora, os cientistas ainda precisam investigar todos os passos que conectam desempenho esportivo e microbiota. Mas eles acreditam que funciona da seguinte maneira: o músculo produz e acumula ácido lático quando exercitado com muita intensidade. O ácido lático cai na corrente sanguínea, e de lá chega ao intestino (até aqui, tudo confirmado em laboratório).

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    A partir deste ponto, eles supõem que a Veillonella atue como uma esponja, absorvendo esse ácido lático que vai parar no intestino, e aí fazendo a conversão para o propionato, que é o último ingrediente na rede de benefícios atléticos da microbiota.

    Se animou para correr com ajudinha bacteriana? Como próximos passos, os pesquisadores pretendem criar probióticos de Veillonella, com a intenção de dar aos intestinos menos agraciados a chance de colher benefícios similares.

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