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A Nasa finalmente lançou a missão Artemis 1. E agora?

Trata-se de uma missão de 26 dias, cujo sucesso pode abrir caminho para um pouso tripulado no satélite daqui três anos. Entenda.

Por Luisa Costa
16 nov 2022, 18h09

A missão Artemis I, da Nasa, demorou para dar certo. Rolaram outras duas tentativas de lançamento – em 29 de agosto e 3 de setembro  –, mas agora a cápsula Orion está finalmente viajando para a Lua. É uma histórica missão de teste (que, vale lembrar, não é tripulada). O sucesso da missão pode abrir caminho para um pouso tripulado no satélite daqui três anos.

Foi a primeira decolagem do gigantesco foguete SLS (Sistema de Lançamento Espacial, na sigla em inglês). Na madrugada desta quarta (16), ele partiu de Cabo Canaveral (Flórida, EUA) e levou a cápsula Orion ao espaço. Então, ela se separou do foguete para começar a trajetória solo.

O restante da viagem vai acontecer da seguinte forma: chegando à Lua, a espaçonave vai se inserir na órbita do satélite, a 70 mil quilômetros de distância da superfície lunar. Ela vai orbitar a Lua por seis dias para coletar dados e permitir que seus controladores avaliem seu desempenho daqui da Terra. 

Nesse meio tempo, a Orion será a espaçonave tripulável a ir mais longe na história da exploração espacial – quase meio milhão de quilômetros de nós. Ela estará vazia, no entanto. Ou quase: o que viajará a bordo são manequins com sensores de radiação, para investigar como corpos femininos são afetados por viagens extraterrestres; pelúcias dos personagens Snoopy e Shaun, o Carneiro, que servirão de detectores de gravidade; e experimentos científicos variados, que incluem algas e mini satélites.

Passados os seis dias em órbita lunar, a cápsula fará uma manobra em que aproveita da gravidade do satélite para tomar impulso – e vai acelerar na direção da Terra, podendo alcançar a velocidade de 40 mil km/h. Chegando aqui, a Orion vai reentrar na atmosfera terrestre e cair no Oceano Pacífico, próximo à costa do estado mexicano Baja California – que faz fronteira com a Califórnia americana.

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A missão deveria durar 42 dias antes do retorno à Terra e do mergulho no oceano. Mas, à medida que o lançamento foi adiado, sempre por problemas técnicos, a missão encurtou. Agora serão 26 dias – prazo definido de acordo com as posições relativas do planeta e do satélite em cada momento.

E depois?

A Artemis I inicia o Programa Artemis, da Nasa, a partir de testes com o SLS e a cápsula Orion. A ideia é deixar tudo pronto para que a cápsula retorne ao satélite no futuro; para viajar ao redor dele com tripulantes na missão Artemis 2, programada para 2024; e para pousar astronautas na Lua – na missão 3, que não deve acontecer antes de 2025.

Tudo depende de como será a Artemis I. “Nunca chegaremos à missão Artemis II se Artemis I não for bem-sucedida”, disse Jim Free, administrador associado da Nasa para desenvolvimento de sistemas de exploração. Normal: é preciso segurança total para colocar astronautas na cápsula. 

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Ela deve ser o veículo que levará humanos a orbitar a Lua pela primeira vez desde 1972, data da última missão do Programa Apollo, da Nasa, que rolou entre as décadas de 1960 e 1970. Será também a primeira vez que uma mulher e uma pessoa não branca vão chegar à Lua.

Mas os objetivos da Nasa não são apenas visitas breves. A agência pretende estabelecer uma presença humana de longo prazo na Lua, o que inclui a construção de uma base na superfície lunar – um acampamento que pode servir para missões tripuladas a Marte, por exemplo, na década de 2030.

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