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Descoberta aponta humanos do Paleolítico como essencialmente predadores

A dieta na Pré-História era entendida como uma mistura equilibrada de caça e coleta. Mas os hominídeos eram mais predadores do que se imagina.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 9 Maio 2022, 19h37 - Publicado em 9 Maio 2022, 19h32
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  • A paleodieta ficou relativamente famosa durante meados de 2015. Ela prometia emagrecimento rápido e melhora da saúde em troca de um regresso: comer igual aos hominídeos do Paleolítico. Isso inclui consumo de carnes, vegetais, folhas, legumes e nozes. A dieta divide a opinião de nutricionistas até hoje. Mas, afinal, o quão certo estamos das refeições de nossos antepassados?

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    Um estudo realizado por antropólogos da Universidade de Tel Aviv, em Israel, e da Universidade de Minho, em Portugal, reconstruiu a posição dos homens primitivos na cadeia alimentar. Usando 25 evidências de diferentes áreas genética, fisiologia, arqueologia, entre outras –, eles chegaram à conclusão de que, durante a parte final do Paleolítico, os humanos eram essencialmente caçadores. E caçadores de animais grandes.

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    A ideia de uma dieta onívora, equilibrada entre carnes e vegetais, vem de comparações com sociedades modernas de caçadores-coletores. Essa analogia é, para os pesquisadores, sem fundamento, uma vez que os tipos de animais e plantas disponíveis não são os mesmos do passado e não têm os mesmos valores nutricionais.

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    Evoluímos para o churrasco

    Entre as características observadas está a quantidade de ácidos estomacais em nosso sistema digestório. O estômago humano tem ácidos mais fortes do que os necessários para uma dieta onívora e até do que de outros predadores o que é ideal para matar bactérias possivelmente encontradas em pedaços de carne.

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    Outro ponto é a reserva de energia. No corpo de onívoros habituais, as células de gordura são grandes e poucas; o contrário é observado não só nos humanos, mas também em predadores. As células menores são mais facilmente quebradas; então, quando o caçador não encontra sua presa, as gorduras do seu corpo podem ser usadas para abastecer sua demanda energética.

    No campo da genética fica ainda mais evidente: áreas do genoma humano foram fechadas para possibilitar uma dieta rica em gorduras, enquanto que, nos chimpanzés, a dieta priorizada é rica em açúcares.

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    Conforme os grandes mamíferos caçados pelos hominídeos eram extintos aos poucos, as sociedades primitivas também se modificaram. Ao fim do Paleolítico, elas haviam se tornado mais sedentários e iniciado o desenvolvimento da agricultura a revolução Neolítica.

    Entender o passado da humanidade é fundamental para compreender as origens de nossas características e por que somos adaptados da forma que somos. “A afirmação de que humanos eram predadores durante grande parte de seu desenvolvimento pode fornecer percepções fundamentais sobre a evolução biológica e cultural humana”, afirma Ran Barkai, um dos responsáveis pelo estudo. 

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