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Missão da Nasa com amostra de asteroide retornará à Terra em 2023

É a primeira vez que a agência espacial americana traz pedaços de um asteroide para a Terra. Entenda o que será feito.

Por Luisa Costa
Atualizado em 7 nov 2022, 18h15 - Publicado em 7 nov 2022, 16h27
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  • A sonda OSIRIS-REx, da Nasa, está finalmente voltando para a Terra com um punhado de pedregulhos do asteroide Bennu. A missão, que começou há seis anos, deve chegar ao fim em setembro de 2023 – isto é, se a agência espacial acertar a direção e velocidade da espaçonave.

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    Ela precisa viajar ao nosso encontro e ficar a 250 quilômetros da superfície terrestre para liberar a cápsula com as amostras, que vai cair de paraquedas em uma área militar no deserto de Utah (Estados Unidos). Uma operação nada simples. 

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    A equipe responsável por realizá-la precisa garantir, em primeiro lugar, que a OSIRIS-REx se aproxime da Terra como planejado. Se estiver mal posicionada, pode 1. escapar da atmosfera terrestre ou 2. entrar na atmosfera em velocidade alta demais, e assim queimar até se destruir.

    “Ao longo do próximo ano, ajustaremos gradualmente a trajetória da OSIRIS-REx”, explica Daniel Wibben, líder da equipe, em comunicado. A espaçonave deixou o asteroide em maio de 2021, e o primeiro ajuste de trajetória aconteceu no último mês de setembro.

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    Bennu tem 500 metros de diâmetro e viaja ao redor do Sol, assim como a Terra. Mas fica a 168 milhões de quilômetros do astro-rei, aproximadamente 20 milhões de quilômetros mais distante do que nós. Você pode conferir as órbitas no vídeo abaixo – assim como o encontro da sonda conosco, como a Nasa planeja.

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    A Nasa lançou a OSIRIS-REx em setembro de 2016, e ela chegou no asteroide em dezembro de 2018. Depois de sobrevoar Bennu por mais de dois anos, coletou uma amostra da superfície (entre 200 e 400 gramas) em outubro de 2020. 

    É a primeira vez que a agência espacial americana traz pedaços de um asteroide para a Terra. A agência japonesa, JAXA, já trouxe amostras de dois asteroides que orbitam o Sol – Itokawa, em 2010, e Ryugu, em dezembro de 2020.

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    Por que estudar o solo de asteroides?

    A Terra e os outros planetas do Sistema Solar surgiram a partir de um disco de gás e poeira que rodeava o Sol. Com a ação da gravidade, esse material foi gradualmente se organizando em blocos, que formariam os planetas.

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    Imagine que os asteroides, corpos bem menores, são as sobras desse processo. Eles são como cápsulas do tempo. Ao estudá-los, os cientistas podem compreender melhor a evolução do Sistema Solar, da Terra, e a origem da vida.

    A Nasa construiu um laboratório especial para análise das amostras de Bennu. A agência vai distribuir algumas gramas entre cientistas do mundo todo e guardar uma parte, que deve ser estudada por gerações futuras, com novas tecnologias. A mesma estratégia foi adotada pela Nasa em relação às amostras lunares do Programa Apollo, da década de 1970.

    Mas estudar o asteroide Bennu não é só estudar a evolução da Terra e dos nossos vizinhos no espaço. Como ele está relativamente próximo de nós, os astrônomos procuram entender se Bennu configura uma ameaça; se pode, nos próximos séculos, nos atingir.

    Existe uma chance bem pequena. A data mais provável para o impacto, entre hoje e 2300, seria o dia 24 de setembro de 2182, com um risco de 0,037%. Os cientistas calcularam esses riscos a partir de dados fornecidos pela OSIRIS-REx – e publicaram os resultados em agosto de 2021.

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