Há tratamento para uma criança diagnosticada com psicopatia?
O nome correto é Transtorno de Personalidade Antissocial, ou TPA. Veja o que é possível fazer com quem apresenta predisposição.
Só dá para diagnosticar o Transtorno de Personalidade Antissocial (TPA) – nome correto da psicopatia – a partir dos 18 anos. É que esse é um problema multifatorial: depende de genética e criação. Não dá para bater o martelo, portanto, até o indivíduo alcançar a vida adulta.
Quando uma criança exibe falta de remorso e empatia, baixa tolerância à frustração e violência contra pessoas ou animais, o que existem tratamentos profiláticos para tentar evitar que o menor de idade desenvolva TPA. O principal deles é a terapia cognitivo-comportamental (TCC), com um psicólogo, que pode ou não vir acompanhada de remédios. A terapia familiar também pode entrar como complemento.
“Quanto mais precoce for o diagnóstico e início do tratamento, maiores são as chances de amenizar esses traços, evitando que o TPA se consolide na idade adulta”, diz Roberta Salvador, doutora em psicologia pela PUC-RS.
Só algo entre 25% e 40% das crianças propensas acabam manifestando o problema. “Em alguns casos, a predisposição é mais forte, mas o tratamento pode evitar que a criança ou o adulto não tenha comportamentos tão nocivos”, diz Salvador. “Mesmo que a empatia esteja prejudicada, o tratamento ajuda o indivíduo a perceber que há um prejuízo para ele próprio”.
Pergunta de @jukagoulart, via Instagram