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O que é a cerca de Chesterton?

Conheça esse conceito da filosofia que pode ajudar você a não tomar decisões burras.

Por Bruno Carbinatto
11 Maio 2024, 14h00

É um conceito da filosofia que pode ser resumido na frase: “não destrua aquilo que você não entende”.

Quem fundou o pensamento foi o escritor, teólogo e filósofo inglês G. K. Chesterton. Ele ilustra o raciocínio dessa forma: se você encontra uma cerca bem no meio de uma estrada, atrapalhando o seu caminho, o que você faz? Se você não vê utilidade para ela e a destrói, você está errado. Alguém mais inteligente tentaria descobrir, primeiro, o porquê daquilo estar ali.

O raciocínio é simples: a cerca não surgiu do nada (“não foi criado por sonâmbulos que o construíram enquanto dormiam”, como diz Chesterton). Ela foi construída por alguém que acreditava que tinha uma utilidade. Até saber qual era, é mais seguro mantê-la ali.

Por exemplo: imagine que a cerca estava ali para manter animais invasores longe – mas que só aparecem no inverno. Você, em pleno verão, não vê utilidade nisso, mas pode se arrepender no futuro se destruí-la agora. Em linhas gerais, então, a teoria diz que as consequências de uma decisão precipitada podem acabar sendo muito piores do que o benefício que tenta se obter com a mudança.

O conceito pode ser usado em várias áreas – para tomada de decisões em negócios ou no empreendedorismo, por exemplo, ou mesmo como uma filosofia de vida que ressalta a importância da prudência ao tomar decisões. Na academia, porém, o conceito é mais comumente evocado em contextos jurídicos e políticos, quando o assunto são regulações e legislações, por exemplo, 

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Nesses casos, a “cerca de Chesterton” ressalta que deve-se ter muito cuidado ao mudar leis, protocolos e regras, abolir instituições ou abandonar tradições sem antes ter uma profunda análise sobre isso. Não que ela seja contrária a qualquer tipo de mudança, é claro: a questão é a velocidade e a intensidade delas. E, obviamente, ter certeza que a alteração vai fazer mais bem do que mal.

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Pergunta de João Luis Flores, via email

Fontes: (5) livro The thing, why I am a catholic, de G. K. Chesterton, e artigo “Before we tear down the fence: understanding the past and building the future of antitrust law”, de C. S. Wilson and Pallavi Guniganti.

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