Onde surgiu o hábito de pintar as unhas, e qual foi o primeiro esmalte?
Várias culturas desenvolveram os seus próprios métodos de manicure. Mas os chineses foram os primeiros a criar um revestimento parecido com o atual.
É uma invenção tão antiga que não tem inventor. No Egito, arqueólogos encontraram múmias de 5000 a.C. com unhas douradas e as pontas dos dedos tingidas de henna, o corante que hoje é usado em tatuagens temporárias, feito a partir da planta de mesmo nome.
Na Índia, as mulheres também usavam henna, enquanto na Babilônia os homens usavam kohl, um pigmento preto feito com o mineral estibina que também era usado como maquiagem em torno dos olhos.
Acredita-se que o tataravô do esmalte, uma substância que enrijece após a aplicação, tenha surgido na China, por volta de 3000 a.C. Era uma mistura de clara de ovo, cera de abelha, colágeno (retirado de ossos e outros restos animais) e algo para dar cor – geralmente, pétalas de rosas ou orquídeas.
Os chineses também usavam adereços nas pontas dos dedos: compridos e afiados, eram decorados com folhas de bronze e pedras. As primeiras unhas postiças.
Unhas eram um símbolo de status: quanto mais bem cuidadas, mais nobre você era – afinal, manicure em dia não combina com trabalho braçal. Em algumas sociedades, a nobreza proibia os plebeus de usar esmaltes de certas cores.
As rainhas egípcias Nefertiti e Cleópatra, por exemplo, pintavam as unhas de vermelho. Ninguém mais poderia fazer o mesmo: as mulheres de classes mais baixas usavam apenas tons pastéis.