Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Resoluções Ano Novo: Super por apenas 5,99

O seu corpo em números

Com a onda de medir tudo que o próprio organismo faz, a humanidade está criando bancos de dados imensos - e que vão revelar muito sobre nós

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
26 fev 2011, 22h00 • Atualizado em 31 out 2016, 18h45
  • Texto Enrique Tordesilhas

    Uma esteira meia-boca de academia pode medir a que velocidade você está correndo, a distância que está percorrendo, seus batimentos cardíacos, seu peso e até quantas calorias você está perdendo. Com essas informações e a orientação do professor, dá para entender melhor o que está acontecendo com seu corpo. E o resultado dos exercícios tende a melhorar. Isso não é novidade. Mas o monitoramento dos próprios dados tem se desenvolvido muito além da malhação.

    Com equipamentos tão simples quanto um iPod, já é possível medir uma corrida de rua. E, depois dela, jogar os resultados na internet, alimentando um imenso banco de dados coletivo. Além de acumular os próprios resultados anteriores e a melhora do desempenho, dá para comparar os resultados com o dos outros corredores. No fim das contas, o que se tem é uma radiografia colossal sobre corredores do mundo inteiro (ou, pelo menos, das pessoas que correm com seu iPod).

    A montanha de dados gerada por gente disposta a medir a si mesma acabou atraindo cientistas. Antes o autoconhecimento era uma área dominada pelas psicociências (e também, claro, por picaretas). Agora o tema chama a atenção de sociólogos, médicos, estatísticos e antropólogos. Isso porque, quando são jogados em bancos de dados, essas medições se tornam poderosos retratos do comportamento humano. Usado em larga escala, o monitoramento pode ajudar em diversas áreas. Um projeto como o Tweet What You Eat, em que os usuários publicam no Twitter tudo o que comem, pode dar informações essenciais sobre a dieta de uma população – e fazer diferença para países cheios de obesos, como os EUA e o Brasil.

    Até a felicidade humana – um tema clássico do autoconhecimento – pode ser monitorada. Matt Killingsworth, da Universidade Harvard, criou o Track Your Happiness (em inglês, “meça sua felicidade”) em seu projeto de doutorado. A ideia é que os usuários usem o celular para dar notas ao seu estado de espírito ao longo do dia. Quem participa visualiza seu humor recente e pode encontrar padrões. Por exemplo: um sujeito que acorda mal todos os dias (e nem se dá conta) pode descobrir que chegou a hora de mudar de emprego. Para o pesquisador, a vantagem é achar causas e correlações sobre felicidade – e entender melhor as pessoas. O resultado disso tudo é autoconhecimento – mas bem diferente da autoajuda barata.

    Continua após a publicidade

    Medir os dados que o corpo gera parece bom, mas também envolve polêmica. É que as informações médicas são confidenciais. Já tem até um movimento para que as empresas que coletam esses dados garantam anonimato.

    QUER SABER MAIS BRE AUTOMONITORAMENTO? CONSULTE O SITE AMERICANO WWW.QUANTIFIEDSELF.COM.

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    OFERTA RELÂMPAGO

    Digital Completo

    Enquanto você lê isso, o mundo muda — e quem tem Superinteressante Digital sai na frente.
    Tenha acesso imediato a ciência, tecnologia, comportamento e curiosidades que vão turbinar sua mente e te deixar sempre atualizado
    De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
    RESOLUÇÕES ANO NOVO

    Revista em Casa + Digital Completo

    Superinteressante todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
    De: R$ 26,90/mês
    A partir de R$ 9,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.