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Baldur’s Gate 3 vence Jogo do Ano – e outros destaques do The Game Awards

Considerado o favorito para a premiação, o RPG se firma na história dos videogames e desbanca nomes como Zelda, Resident Evil e Spider-Man. Conheça os outros premiados da noite.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 11 dez 2023, 17h47 - Publicado em 8 dez 2023, 17h19

A espera acabou. No dia 7, o The Game Awards, a maior premiação da indústria dos jogos, entregou as honrarias de 2023. Para a surpresa de ninguém, Baldur’s Gate 3, da desenvolvedora belga Larian Studios, levou a principal categoria, a de Jogo do Ano.

Baldur’s Gate também foi o jogo que saiu com mais prêmios em outras categorias: cinco, ao todo. O game saiu com as láureas de Melhor Suporte à Comunidade, Melhor RPG, Melhor Multiplayer, Melhor Voz dos Jogadores (categoria de votação popular) e Melhor Performance para Neil Newbon pelo personagem Astarion.

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De armadura, Swen Vincke recebe o prêmio de Jogo do Ano no The Game Awards, ao lado de Joa Chim, Jason Latino e Bert Van Semmertier (The Game Awards (youtube)/Reprodução)

Baldur’s Gate 3 é um clássico instantâneo no mundo dos RPGs. A imensa liberdade que ele proporciona permite aos jogadores exercer sua criatividade como se estivessem em uma brincadeira de faz-de-conta. Os elementos típicos de RPGs de mesa, tirados da parceria com o sistema Dungeons & Dragons, agregam para tornarem Baldur’s Gate a experiência mais próxima de uma sessão de D&D que uma tela pode oferecer.

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Em um trailer, a Larian Studios ressaltou a aclamação crítica de Baldur's Gate 3, que conquistou nota máxima em vários veículos especializados.
(Larian Studios (youtube)/Reprodução)

O jogo foi insanamente aclamado, recebendo a nota máxima de dezenas de sites e críticos (veja a lista acima). Ele também caiu nas graças do público – Baldur’s Gate é, na data da publicação deste texto, o nono jogo com maior pico de jogadores simultâneos na Steam. Ele fica atrás apenas de gigantes do multiplayer como Counter-Strike 2 e Dota 2. Na comparação com outros singleplayers, só perde para Cyberpunk 2077, Elden Ring e Hogwarts Legacy.

Se é que antes havia alguma dúvida, agora é claro: Baldur’s Gate 3 é um marco na história dos videogames.

Alan Wake 2 é vice

Baldur’s Gate pode ter passado a mão nos prêmios, mas Alan Wake 2 também saiu bem agraciado. O jogo da desenvolvedora finlandesa Remedy Entertainment ficou com três das oito indicações que recebeu, o que o torna o segundo jogo mais premiado da noite. Alan Wake 2 venceu em Melhor Direção, Melhor Direção de Arte e Melhor Narrativa.

A história de Alan Wake 2 gira em torno do protagonista homônimo Alan Wake, um escritor bem sucedido que fica preso em uma espécie de dimensão paralela chamada Lugar Escuro. Enquanto isso, Saga Anderson, uma agente do FBI, investiga o sumiço de Alan e a relação disso com uma seita bizarra na cidade.

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Alan Wake 2 é inspirado em séries de suspense e terror. A atmosfera e ritmo do jogo foram bem elogiados pelo equilíbrio entre a gameplay com Alan, que vive o terror psicológico da fuga do Lugar Escuro, e com Saga, que consiste em uma investigação policial numa cidade estranha.

A história é metalinguística: Alan precisa escrever sua fuga para conseguir sair – seu maior terror, no final das contas, é o terror do escritor que vê a folha em branco e precisa enchê-la de palavras. O grande trunfo da série Alan Wake sempre foi a narrativa, e com escolhas de direção inovadoras, Alan Wake recebe bem os prêmios.

Nintendo não fica atrás

A gigante japonesa pode não ter conseguido o grande prêmio da noite, mas também levou alguns para casa. Empatada com a Remedy (de Alan Wake 2), foi a segunda desenvolvedora com mais prêmios – perdendo, claro, para a Larian Studios. Porém, diferente do que ocorreu com as outras duas, cada um dos prêmios da Nintendo foi concedido um jogo diferente.

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The Legend of Zelda: Tears of The Kingdom ganhou como Melhor Jogo de Ação e Aventura; já Super Mario Bros. Wonder venceu na categoria Melhor Jogo para Família, na qual era o favorito. Pikmin 4 levou na categoria Melhor Jogo de Simulação e Estratégia.

Os esquecidos no churrasco

Alguns grandes indicados saíram de mãos abanando. Resident Evil 4, por exemplo, foi indicado a três categorias, inclusive Jogo do Ano, mas não levou nenhuma delas para casa. Pelo menos Resident Evil Village VR Mode ganhou na categoria Melhor Jogo VR/AR (Realidade Virtual/Realidade Aumentada) e não deixou a franquia passando fome.

Quem saiu mais triste da premiação foi o amigão da vizinhança. Apesar das sete indicações, Marvel’s Spider-Man 2 não conseguiu vencer em nenhuma categoria. Em cinco, foi desbancado pelos outros concorrentes a Jogo do Ano – duas por Alan Wake 2 e Baldur’s Gate 3 e uma por Zelda: Tears of The Kingdom.

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Em Melhor Design de Áudio (categoria que Resident Evil 4 também concorria) perdeu para Hi-Fi Rush e em Inovação em Acessibilidade, para o Forza Motorsport. Não está nada fácil para a dupla de aranhas.

O ano de 2023 foi um bom ano para os videogames – vários bons jogos revolucionaram seus gêneros. Infelizmente, não dá para premiar todos eles. Talvez o verdadeiro prêmio sejam as experiências que jogamos ao longo do caminho (rs). 

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