Para que serve a sequência do π?
Com a ajuda da computação, já se chegou à representação de até 5 trilhões de casas
Para estabelecer a proporção entre o perímetro e o diâmetro de uma circunferência. Com esse número, é possível fazer cálculos como o da área de um círculo e o volume e a superfície de uma esfera.
Um valor exato de pi é buscado desde a Grécia antiga – uma tarefa hercúlea, já que ele é um número irracional, que pode ser representado por infinitas casas decimais além de 3,14. Hoje, com a ajuda da computação, já se chegou à representação de até 5 trilhões de casas! E, quanto mais casas decimais, mais exato será o cálculo.
A sequência é utilizada em trabalhos de engenharia, geologia, astronomia e outros campos. Tudo que tem formato arredondado pode ter valores que dependem dessa constante. Até Albert Einstein usou o pi em sua fórmula que diz respeito ao espaço curvo na Teoria da Relatividade.
Ele não é usado só em disputas de quem decora mais casas. Confira abaixo outras funcionalidades do pi.
Valor constante
Todo objeto redondo, independentemente do tamanho, tem sempre a mesma proporção entre a extensão da circunferência e o diâmetro. Essa proporção, o pi, ajuda a calcular desde a quantidade de achocolatado em uma lata redonda à quantidade de ar em uma bola
Medidas redondas
Definir a área de um terreno redondo é possível graças a fórmulas baseadas no pi. Se o terreno estiver em relevo curvo, o pi entra de novo no cálculo. Para grandes áreas, não dá para esquecer que a Terra também é arredondada – não é à toa que a geologia vive usando o pi
Acelera, matemática!
Automobilismo tem tudo a ver com o pi, sabia? Um pneu de carro tem, mais ou menos, 60 cm de diâmetro. Multiplicando o pi por esse valor, chegamos a aproximadamente 1,88 m, a distância média que o carro vai andar a cada volta completa da roda
Campos de força
Cálculos ligados a forças da gravidade e magnetismo costumam usar o pi, já que esses campos tendem a ser redondos. A força que a Terra exerce sobre a Lua e o seu movimento de rotação, portanto, têm relação com a constante universal das circunferências
FONTES Iran Carlos Stalliviere Correa, professor de geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; e Claudia Oliveira, professora de matemática da Faculdade de Tecnologia de Mauá