Técnica controla neurônios com ultrassom
Experiência com ratos de laboratório revela que onda sonora de altíssima frequência é capaz de ativar determinados grupos de neurônios
Uma proteína chamada TRPA1, presente em ratos e seres humanos, é sensível a ondas sonoras de altíssima frequência – que podem ser usadas para ativar neurônios, fazendo-os disparar.
Isso foi comprovado por uma experiência (1) do Instituto Salk (criado pelo virólogo Jonas Salk, que inventou a vacina da poliomielite em 1955), nos EUA, em que camundongos foram expostos a feixes de 7 megahertz: um som inaudível, mas capaz de atravessar o crânio e ativar determinados grupos de neurônios.
O mecanismo envolvido nisso ainda é desconhecido (uma hipótese é que a vibração causada pelo ultrassom aqueça essa proteína, alterando o comportamento dela). Os cientistas pretendem desenvolver a técnica para que, um dia, ela possa ser usada para estimular o cérebro humano de forma não invasiva – e tratar doenças neurológicas, como Parkinson.
LEIA MAIS: Telepatia e implante de memórias: conheça as pesquisas que tentam dar novos poderes ao cérebro
Fonte 1. Sonogenetic control of mammalian cells using exogenous Transient Receptor Potential A1 channels. S Chalasani e outros, 2022.