Minques, as outras vítimas do coronavírus
Infestações do vírus em fazendas na Holanda obrigaram o sacrifício de quase 600 mil minques, animais muito usados pela indústria de pele.
Primos dos furões e doninhas, minques são queridinhos da indústria da moda: um casaco de pele desses animais pode custar até R$ 230 mil – não à toa, são criados aos milhares em fazendas na China e Europa.
A produção, porém, sofreu um baque durante a pandemia de Covid-19. Um surto do novo coronavírus em pelo menos 17 fazendas da Holanda, país que é o quarto maior produtor do mundo, obrigou o sacrifício de quase 600 mil minques.
A medida serviu para evitar que os bichos se tornassem reservatórios do vírus – isso porque eles não necessariamente desenvolvem sintomas, como os humanos, o que dificulta a identificação e isolamento de animais doentes.
O primeiro caso surgiu em duas fazendas do país ainda no final de abril. Há suspeita de que, após serem infectados por trabalhadores com Covid-19, minques tenham transmitido o vírus a pelo menos dois humanos.
Em 2013, o parlamento holandês decidiu pelo banimento da criação desses mustelídeos no país a partir de janeiro 2024, por uma questão de respeito aos direitos dos animais. A medida, agora, foi antecipada para o final de junho.
Estima-se que exportações de pele de minque rendem à Holanda US$ 100 milhões (algo como R$ 520 milhões) ao ano. Quem lidera o ranking da produção mundial de minques, porém, é a Dinamarca. O país escandinavo, segundo dados do Ministério da Agricultura, concentra uma população de 19 milhões de minques, criados em 1.500 fazendas.
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