A história dos mais de 44 anos da Guerra Fria está marcada pela trajetória de duas nações, pelas decisões de seus líderes e pela cultura de seus povos. EUA e União Soviética, que saíram da 2ª Guerra como aliados, atravessaram esses longos dias num confronto que se iniciou como um jogo de emoções contidas.
Os americanos tiveram um longo caminho até a bomba. Da descoberta da radioatividade até o primeiro teste de uma explosão nuclear (ao lado) foram muitos desafios. Os cientistas envolvidos no Projeto Manhattan não imaginavam que a bomba atômica daria origem à Guerra Fria.
Protons e nêutrons em fissão nuclear, um emaranhado de fios e urânio concentrado. Adicione na hora de armar uma medalha japonesa que prometia a paz antes do ataque a Pearl Harbor. Bomba pronta.
O medo do comunismo colocou oficialmente americanos contra americanos. Liderado pelo senador Joseph MacCarthy, o Comitê de Atividades Antiamericanas alcançou o ápice da caça às bruxas ao acusar e levar a julgamento servidores públicos, artistas, cientistas e qualquer cidadão que tivesse manifestado qualquer simpatia por ideias socialistas.
O mundo mal conseguira pegar no sono após as noites maldormidas durante a 2ª Guerra quando a humanidade quase entrou numa 3ª. Não houve ano entre 1948 e 1989 sem um conflito armado estourando em alguma parte. Porém, eram sufocados pelo receio de que provocassem um guerra aberta, entenda-se: nuclear.
Igreja sem fiéisA Igreja da Reconciliação (de 1894) ficou na zona militarizada do lado oriental. Isolada dos fiéis, acabou sendo demolida em 1985. Uma nova igreja foi erguida no local, 11 anos depoisda queda do muro. Agonia vigiadaO pedreiro Peter Fechter levou um tiro quando pulava o muro em 17/8/1962. Enquanto sangrava até a morte, […]
Depois da 2ª Guerra, americanos e soviéticos deram um jeito de levar para casa a maioria dos engenheiros que desenvolviam o foguete alemão V2. Agora, em plena Guerra Fria, era preciso mostrar o próprio poderio ao outro lado. O Ano Internacional da Geofísica, em 1957, serviu para justificar o início de altos investimentos em foguetes que, afinal, tanto impulsionam satélites quanto bombas.
A década de 1970 foi marcada por uma violência aparentemente insana. O comportamento e retórica apocalípticos, de políticos como o americano Reagan e o soviético Brejnev, estavam de volta. Do lado americano, o trauma deixado por derrotas e escândalos culminou com o humilhante sequestro de diplomatas no Irã.
Muitas vezes quando tudo está nebuloso entre velhos inimigos, a melhor maneira de dissipar a névoa é conversar. Richard Nixon teve a ousadia de se aproximar da China comunista mesmo após 20 anos de um comportamento beligerante entre os dois países. Juntou as malas e desceu em Pequim para conhecer a muralha de perto.
A União Soviética mantinha sua liderança entre os países da cortina de ferro com a constante presença militar, como neste desfile em 1972 nas ruas de Praga, Checoslováquia Reportagem fotográfica
A Guerra Fria acabou quando as superpotências reconheceram o absurdo em que estavam metidas ao investirem numa troca de ameaças e na corrida nuclear. Para a história, talvez o momento que fique marcado seja a Conferência de Washington, em 1987, quando Reagan e Gorbachev resolvem desmontar seus aparatos nucleares. E assinaram embaixo.
No início de maio de 1989, a Hungria desmontava as cercas de arame farpado e desligava os alarmes em sua fronteira com a Áustria, abrindo um buraco na cortina de ferro
O comunismo havia tombado, mas ainda não terminara no inverno romeno. Apesar do frio e do medo, as pessoas encheram as ruas de protesto e enfrentaram a natureza cruel do ditador que já durava 24 anos no poder: Nicolae Ceausescu
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