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Elon Musk revela novidades sobre a revolucionária nave Starship

A SpaceX apresentou o projeto final do seu foguete destinado a colonizar outros mundos – e pretende tocar os testes a todo vapor nos próximos meses.

Por A. J. Oliveira
Atualizado em 30 set 2019, 20h03 - Publicado em 30 set 2019, 19h58

Desde 2002, quando Elon Musk fundou sua startup aeroespacial, o bilionário sempre deixou bem claro qual era o maior objetivo dessa empreitada: fazer da humanidade uma espécie multiplanetária através da colonização de Marte.

Só que essa visão de Musk sempre soou abstrata demais, um pouco precipitada e mesmo leviana. Isso agora parece ter mudado – a SpaceX, no mínimo, está mostrando que tem o passo a passo do plano que quer seguir até Marte. E se diz comprometida a fazê-lo o quanto antes.

Neste sábado (28), Musk apresentou um evento na base de testes da empresa, localizada em Boca Chica, no sul do Texas. Lá, ele deu atualizações sobre o andamento da espaçonave Starship e seu foguete superpesado. 

De acordo com o anúncio, a nova configuração da Starship vai dar conta de carregar 100 passageiros, dentro de uma estrutura com 118 metros de altura. Os planos anteriores indicavam que a nave seria feita de fibra de carbono, mas os projetistas mudaram de ideia, e vão apostar no aço inoxidável – que custa 2% do preço. A empresa também insiste que fará toda a estrutura da Starship ser reutilizável. A ideia de materiais e veículos inteiros que pudessem ser usados mais de uma vez foi o que tornou a SpaceX realmente importante no campo das viagens espaciais. Resta saber se eles vão conseguir reproduzir o mesmo sucesso das viagens à baixa órbita terrestre em uma jornada muito mais longa (e sem nenhuma garantia de retorno) ao Planeta Vermelho.

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Mas afinal, de onde veio essa história de Elon Musk, Marte e colonização espacial? Tudo começou em setembro de 2016, quando o bilionário apresentou sua proposta para tornar a vida multiplanetária possível na conferência anual da União Astronáutica Internacional. Na época, ele chamou o projeto de Sistema de Transporte Interplanetário (ITS, na sigla em inglês).

Desde o ano passado, as coisas parecem ter engatado. A SpaceX está focada em acelerar o desenvolvimento do programa e, em agosto, já realizou na base do Texas um teste com o protótipo Starhopper, e pretende lançar a versão experimental do sistema, a Starship Mk1, em um voo suborbital não tripulado com altitude de 20 km em até dois meses. O primeiro lançamento para a órbita deve ocorrer em até seis meses, com a possibilidade de transportar pessoas já em 2020.

Sabemos que os prazos de Musk muitas vezes não condizem com a realidade, então será preciso aguardar os próximos meses para ver como as coisas se desenrolam.

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Há quem não pareça tão empolgado assim com tudo isso. Jim Bridenstine, administrador da Nasa, está nesse time. A Nasa é o principal cliente da SpaceX, e contrata seus vôos reutilizáveis para o transporte de cargas – inclusive a ceia de Natal dos astronautas – até a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Bridenstine foi ao Twitter dar um puxão de orelha na SpaceX – dizendo, basicamente, que enquanto Musk brinca com a sua Starship, seus projetos para a Nasa estão atrasados – entre eles, a cápsula Crew Dragon, que promete ampliar os serviços de transporte da SpaceX e passar a levar tripulantes humanos até a ISS.

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Musk rebateu dizendo que o programa Starship está usando apenas de 5% dos recursos da SpaceX, com todo o restante ainda sendo dedicado aos foguetes Falcon e às cápsulas Dragon. Fato é que a empresa está mexendo todos os pauzinhos para inaugurar em grande estilo suas atividades da próxima década.

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