3 tendências em edição de DNA
Durante baby boom de peixes de proveta, europeus criam minicérebro neandertal mutante, mas proíbem plantas editadas
Laboratório está para peixe
Em 2017, cientistas ingleses criaram 1,9 milhão de animais geneticamente modificados para pesquisa. É um aumento de 37% em uma década. Mais da metade é de camundongos, mas o peixe-zebra, que é uma boa cobaia para doenças humanas, viu sua popularidade crescer neste ano: participou de 308 mil experimentos, 16% do total.
Pense neandertal
Pesquisadores do Instituto Max Plank inseriram genes neandertais em células-tronco humanas para criar colônias de neurônios – os chamados “mini-cérebros”. O objetivo é simular o funcionamento da massa cinzenta desses hominídeos extintos, e entender as diferenças entre o sistema nervoso deles e o nosso.
Praticamente proibidos
A União Europeia decretou que vegetais com DNA reescrito pela técnica CRISPR-Cas9 – que permite ajustes finos no código genético – estão sujeitos à mesma (e severa) regulamentação dos transgênicos tradicionais, criados pela transferência de genes inteiros de uma espécie para outra. A decisão foi criticada por cientistas.
Fontes: Annual Statistics of Scientific Procedures on Living Animals,
Carta Public Symposium of Imagination and Human Origins,
Court of Justice of the European Union.