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NASA vai testar nova órbita ao redor da Lua – que pode ser usada no programa Artemis

Esta pode ser a nova órbita da Gateway – futura estação espacial que deve servir para o treinamento de astronautas.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 4 ago 2022, 16h02 - Publicado em 29 jun 2022, 18h26

A NASA lançou ontem (28), uma nave espacial do tamanho de um microondas em direção à Lua. O objetivo da agência é testar a possibilidade de uma nova órbita, nunca usada antes, a fim de preparar o caminho para futuras missões espaciais.

Chamada de CAPSTONE, a nave pesa quase 25 quilos e levará quatro meses para chegar ao destino. Depois, ela deve ficar pelo menos seis meses em órbita, recolhendo informações sobre a trajetória.

A CAPSTONE é um importante passo para o programa Artemis, que planeja colocar a primeira mulher em solo lunar. A nave vai desbravar uma nova órbita, conhecida pela sigla NRHO (near rectilinear halo orbit), que pode ser útil para as próximas viagens espaciais.

O novo caminho foi considerado mais vantajoso por otimizar os recursos necessários durante uma missão. No caso da Apollo, a órbita traçada pelo módulo era circular e ficava a pouco menos de 100 quilômetros da superfície da Lua. Eles podiam ir do solo para o módulo relativamente rápido – mas gastavam muito combustível.

Com o programa Artemis, os planos são outros. Primeiro, a NASA planeja montar uma estação espacial na órbita lunar. Chamada Gateway, ela usaria essa nova órbita testada pela CAPSTONE e serviria como uma plataforma de treinamento e alojamento para futuros astronautas rumo à superfície lunar. Assim como a CAPSTONE, a Gateway chegará a 1609 quilômetros de um polo lunar em sua passagem mais próxima e 70006,5 quilômetros no polo oposto, demorando sete dias para completar uma volta.

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Apesar da maior proximidade com a superfície, a nova órbita oferece vantagens importantes. Uma delas é a constante vista para a Terra que – mais do que um agrado aos olhos – proporciona comunicação contínua durante toda a rotação. Contudo, o principal benefício é, sem dúvida, a economia de combustível. Se manter na órbita NRHO demanda menos combustível pois, nesse percurso, naves espaciais sofrem atração gravitacional da Terra e da Lua. O resultado desse equilíbrio é um caminho relativamente estável para manter as naves.

“Tem o benefício de precisar de baixa energia para entrar e de baixa energia para sair”, relata Chris Baker, executivo do programa de tecnologia de pequenas naves espaciais da NASA, durante uma entrevista coletiva. Baker também descreve a espaçonave nessa órbita como “se equilibrando no ponto entre a atração gravitacional da Terra e a atração gravitacional da Lua”.

Além da nova órbita, a agência também planeja testar uma nova forma de navegação, em que a nave tentará determinar sua própria posição e velocidade no espaço. O objetivo é depender menos de informações vindas da Terra, o que pode ser útil para futuras explorações.

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CAPSTONE tem previsão de chegada na órbita lunar para o meio de novembro. Depois dos seis meses em que servirá de cobaia aos cientistas, ela será posta em rota de colisão com a Lua e terminará seus serviços de desbravadora de órbitas.

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