Por Marina Demartini, de EXAME.com
Um estudo financiado pela Nasa descobriu que o valor de missões lunares pode ser reduzido em até 10 vezes. Antes, se estimava que seria preciso 100 bilhões de dólares nessa missão.
A pesquisa feita pela Sociedade Espacial Nacional (NSS) e a Fundação Frontier (SFF) relatou que parcerias com empresas privadas poderiam levar o homem à Lua mais uma vez por 10 bilhões de dólares.
O estudo quis verificar se parcerias público-privadas resultariam em métodos de menor custo ou na diminuição de riscos relacionados ao retorno do homem à Lua.
Empresas privadas, como a SpaceX e a United Launch Alliance, estão investindo no desenvolvimento de foguetes que poderiam ser usados pela Nasa em suas missões. Isso diminuiria o uso do orçamento da agência. Naves e módulos reutilizáveis também poderiam deixar as viagens ainda mais baratas.
O estudo prevê que seria possível enviar uma nova missão até a Lua e mesmo manter uma base operacional por lá com os valores disponíveis no orçamento anual da Nasa.
Exploração espacial
O relatório ainda vai além e fala sobre as chances de exploração de recursos da Lua. Ele cita água e hidrogênio como alguns deles. O hidrogênio, por exemplo, poderia ser usado na propulsão de uma espaçonave uma missão até Marte. Antes, no entanto, seria preciso confirmar se os recursos lunares são acessíveis.
Os pesquisadores recomendam a criação de uma Autoridade Internacional Lunar, que seria responsável por gerir negócios e riscos. “Uma base comercial permanente pode pagar por suas operações se exportar água e hidrogênio para a órbita lunar”, diz o comunicado.
Atualmente, a Nasa vê sua missão “Redirect Asteroid”, que pretende enviar pessoas a um asteroide, como trampolim para uma viagem até Marte. O estudo sugere que um retorno à Lua talvez seja uma opção melhor e mais econômica.
“Este é o momento dos Estados Unidos salvarem dinheiro dos contribuintes e inaugurarem uma nova era de crescimento econômico”, disse Jeff Feige, presidente do conselho da Fundação Espaço Frontier, no comunicado.