Por que os planetas mais próximos do Sol são menores?
O tamanho varia de acordo com a composição de cada planeta, fruto da formação do Sistema Solar.
Para entender, vamos ao passo a passo da formação do Sistema Solar.
Tudo começou há 4,6 bilhões de anos, com uma grande nuvem de gás e poeira. A matéria ali começou a ficar cada vez mais densa: formou-se um corpo central (um proto-Sol) e seu disco de acreção (gás e poeira que foram se aglutinando em rochas maiores, os proto-planetas). Esse disco consiste em um enorme amontoado de massa que se organiza no equador da estrela que está nascendo – e gira no mesmo sentido que ela. Ali estavam os materiais que viriam a formar nosso sistema planetário, eu, você e tudo à nossa volta.
O proto-Sol virou o Sol de hoje quando entrou em ignição. Esse parto explosivo jogou para bem longe os elementos mais leves (hidrogênio, hélio, vapor d’água – elementos-base dos planetas gasosos).
Isso acontece por causa do aumento de temperatura: à medida que as moléculas dos gases adquirem energia ao redor da estrela, elas se movimentam. É como as moléculas dentro da panela de pressão, que se agitam conforme o recipiente esquenta, porque a energia térmica vira energia cinética.
Essas moléculas voláteis (que existem aos montes nesse ambiente pré-Sistema Solar) se movimentam na direção oposta da estrela, saindo da região quente para lugares mais frios. Então se concentram na periferia do disco de acreção, junto a outros gases – e só elementos mais pesados resistem ao calor da vizinhança solar.
O grosso do que sobrou perto do Sol foram materiais pesados: silício, ferro, níquel… E esses deram origem aos planetas rochosos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte). Como hidrogênio e hélio formam 99,9% da matéria do Universo, os planetas gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) se tornaram gigantes.
Fontes: Enos Picazzio, professor doutor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP); livro “Astronomia: uma visão geral do Universo”, da Edusp.
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