Quando inventaram os sutiãs?
Eles surgiram graças a uma jovem de 19 anos, que não aguentava mais ser apertada pelos espartilhos, a roupa íntima que predominava até então.
O que entendemos como sutiã moderno só foi patenteado em 1914, nos Estados Unidos, por Caresse Crosby (mais conhecida pelo apelido, Polly). De família rica, essa americana foi uma mulher à frente do seu tempo. Tornou-se mecenas e dona de uma pequena editora, que publicou alguns dos primeiros trabalhos de escritores como Ernest Hemingway e Henry Miller.
Até aquele começo de século 20, as mulheres ocidentais ainda sofriam com os espartilhos, que tinham armações de metal para moldar o corpo de forma a dar a aparência de cintura minúscula e busto voluptuoso. E para isso espremiam as usuárias desde embaixo do umbigo até a altura dos seios.
Em 1910, enquanto Polly – aos 19 anos – se preparava para ir a um baile de debutante, ela percebeu que aquela peça íntima grande estava aparecendo fora de seu vestido. Além disso, não estava suportando tanto aperto. Comparou seu espartilho a “uma armadura em forma de caixa de osso de baleia e cordão rosa”. Então improvisou uma solução muito mais confortável e discreta para ir à festa. Costurou dois lenços e um pouco de fita, transformando esse conjunto no que seria um sutiã simples.
Com o tempo, as amigas pediram que ela costurasse sutiãs iguais para elas. E ela foi sofisticando sua criação: o design ganhou alças presas nos cantos superior e inferior da peça. Seu sutiã separava naturalmente os seios, diferentemente dos espartilhos, que os juntavam à força.
Polly percebeu que tinha um negócio em potencial ali. Então não perdeu tempo: patenteou o sutiã e abriu uma pequena fábrica, que logo começou a receber pedidos de lojas de departamentos.