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Um brinde à estranheza

Da próxima vez que te chamarem de estranho, tome como elogio.

Por Rafael Battaglia
15 ago 2025, 10h00

Esta é a Carta ao Leitor da edição 478 (agosto de 2025) da Super.

Dia desses, numa festa, me perguntaram qual é o perfil da equipe da Super. Quem são? O que comem? E de onde tiram as ideias de reportagem?

Respondi na lata, com aquela franqueza que vem depois de uns goles de cerveja: “Olha, para trabalhar aqui tem que ser meio estranho”.

Não me entendam mal. Dos vários significados dessa palavra, gosto daqueles que voam abaixo do radar. “Estranho” também se refere a algo excêntrico e extraordinário, fora do padrão. Shakespeare por vezes usava de sinônimo para “notável” e “surpreendente”.

Por algum motivo, a gente se distanciou do Bardo, e “estranho” passou a ter um sentido sobretudo pejorativo. Sinto que devemos mudar isso. A estranheza, afinal, pode ser um superpoder. E um bom exemplo é a nossa redação.

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A Maria Clara é a maior especialista em patinação no gelo do Brasil, quiçá do mundo. A Manuela toca as mais brabas do Billy Joel na gaita. E o Bruno Carbinatto teria escrito um final melhor que a HBO para Game of Thrones. Quem cultiva gostos específicos não tem medo de mergulhar fundo nos mais diversos assuntos – para um jornalista, isso é ótimo. O Eduardo, que caminha por São Paulo ouvindo álbuns obscuros das listas da Pitchfork, é o Nelson Motta do mundo indie. O Bruno Garattoni destrincha jogos e consoles como quem analisa a planta de uma usina nuclear.

O desconforto constante em seguir padrões faz com que os estranhos exercitem a criatividade dia sim, dia outro também. Nesse quesito, nossa equipe de arte arregaça. O esmero da Caroline e da Cristielle com as ilustrações da revista você só encontra em making of de filme da Disney (abre teu olho, Mickey). Na faculdade, a Rafaela diagramou um livro do Aladdin tão bacana que poderia integrar a coleção de clássicos de qualquer editora.

Outra faceta dos estranhos é ser cri-cri – de um jeito bom. O Anderson, produtor gráfico e maior fã de Elvis que conheço, tem um olhar afiado para detectar o menor dos deslizes antes de a revista ser impressa. Ele e a Bianca, nossa ótima revisora, são a última linha de defesa da Terra do padrão Super de qualidade.

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Essa é parte da galera responsável pela revista. Estranhos à sua maneira, todos têm um objetivo comum: entregar, todo mês, a edição mais instigante possível. Quando tudo parecer se resumir a tigrinho, morango do amor e vídeos na velocidade 2x, lembre-se que a Super é o reduto para os curiosos e inconformados. De quem tem a mesma gana de entender sobre a crise climática e as maneiras de completar um sudoku. De quem quer saber o que outros estranhos, enfurnados em laboratórios mundo afora, andam descobrindo – é nosso trabalho conectá-los a você.

Demorei para me sentir parte de algo. Nunca tive disposição nem talento para times, bandas, clubes de teatro. Encontrei a minha turma num grupo de leitores da Mundo Estranho (rs), revista cria da Super. Há oito anos, consegui um estágio na Mundo e cá estou. Sigo um curioso crônico, com uma porção de amigos feitos pelo caminho. Se você é como a gente, sinta-se em casa. Tire os sapatos e abra um guaraná. Aqui é a verdadeira festa estranha com gente esquisita. Ainda bem.

Um abraço,

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Rafael Battaglia Popp

Editor-chefe

rafael.popp@abril.com.br

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