Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Empresa britânica quer extrair oxigênio de rochas lunares

Tecnologia aplicada pode ainda liberar alumínio, ferro e outros pós metálicos para serem utilizados na construção de uma base na Lua.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 13 mar 2024, 14h28 - Publicado em 10 nov 2020, 17h30

Há 48 anos, o americano Eugene Cernan se tornava o último homem a pisar na Lua. Agora, as agências espaciais planejam retornar ao satélite com força total, não apenas enviando outros astronautas para lá – como pode ocorrer em 2024, com a chegada da primeira mulher na Lua –, mas também montando uma base no local. 

Tirar essa ideia do papel, no entanto, não é tão simples assim. Antes de tudo, é necessário investir em tecnologias que possibilitem a vida fora da Terra. Pensando nisso, a Agência Espacial Europeia (ESA) fechou um contrato de aproximadamente £ 250 mil com uma empresa britânica que pretende converter poeira lunar em oxigênio e materiais de construção. 

A empresa em questão é a Metalysis, com sede em Rotherham. Sua especialidade é obter metais preciosos a partir de minerais para aplicação na indústria eletrônica. Neste ano, cientistas da Metalysis e da Universidade de Glasgow mostraram por meio de um estudo que a técnica utilizada por eles poderia ser adaptada para o uso espacial. 

Análises de rochas trazidas da lua revelam que cerca de 45% de sua composição é oxigênio, sendo o resto elementos metálicos. A ideia da empresa é utilizar um processo chamado eletro-desoxidação. Funciona assim: têm-se dois eletrodos conectados, o óxido metálico e outro feito de algum elemento inerte. Ambos são submersos em cloreto de cálcio. Assim, cria-se uma corrente elétrica, que faz com que os átomos de oxigênio deixem o óxido metálico rumo ao outro eletrodo. Veja a simulação na imagem abaixo: 

Empresa quer transformar rochas lunares em material de construção
(Bethany A.Lomax et al. / Planetary and Space Science/Divulgação)

Na Terra, esse oxigênio seria liberado no ar, já que a prioridade é o metal. Já na Lua, o oxigênio é o objetivo principal, sendo as ligas metálicas de ferro e alumínio apenas um bônus que pode ser aplicado na construção da base lunar. Nos testes, feitos por cientistas da Metalysis e da Universidade de Glasgow, foi extraído cerca de 96% do oxigênio presente em solo lunar simulado. 

Usar materiais já disponíveis na Lua para o desenvolvimento de uma base é vantajoso por vários aspectos. Enviar matéria-prima daqui não é boa opção, já que cada meio quilo de carga custa US$ 10 mil. Além disso, a base lunar permite que viagens mais longas, como a Marte, sejam feitas a partir dela. Para ir até o planeta vermelho ou outros locais do espaço profundo é preciso de um combustível, como o oxigênio. Dessa forma, a Lua serviria como um posto de gasolina.

A técnica também permitiria gerar oxigênio para que os humanos da base possam respirar (os tripulantes da Estação Espacial Internacional, por exemplo, consomem 2,5 kg do gás por dia).

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.