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Prêmio Nobel de Medicina vai para cientistas que descobriram o microRNA

Victor Ambros e Gary Ruvkun estiveram entre os primeiros a descobrir as pequenas moléculas de RNA e sua função na diversidade celular.

Por Eduardo Lima
7 out 2024, 16h00

Todo ano, o Prêmio Nobel de Fisiologia (estudo das funções dos seres vivos) ou Medicina premia uma descoberta recente notável no campo da saúde e da biologia. Em 2024, a honraria foi dada para os cientistas Victor Ambros e Gary Ruvkun pela descoberta das moléculas de microRNA, que ajudam as células a controlar quais proteínas serão produzidas, e assim definem suas formas e funções.

Ambros, da faculdade de medicina da Universidade de Massachusetts, e Ruvkun, da Universidade de Harvard e do hospital geral de Massachusetts, vão dividir ao meio o prêmio de 11 milhões de coroas suecas (quase R$ 6 milhões). Os vencedores foram anunciados em uma cerimônia no Instituto Karolinska, em Estocolmo, capital da Suécia.

Os primeiros artigos que os cientistas publicaram sobre o tema são do início da década de 1990, pesquisando o verme Caenorhabditis elegans. A partir dessa pesquisa, novas portas se abriram para a biologia celular, já que a descoberta explica como as células, carregando o mesmo DNA, conseguem se diferenciar tanto.

O que é microRNA

Toda célula contém material genético em formato de DNA. Seções desses genes em dupla-hélice são selecionadas para criar proteínas. Uma parte do DNA é copiada, virando uma molécula de mRNA (o “m” é de mensageiro, e não de micro). E é esse mRNA que leva as instruções de como produzir uma proteína para os ribossomos, responsáveis por essa tarefa.

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Onde entram os microRNAs? Eles são pequenos pedaços de RNA que atuam como um mecanismo de regulação genética. Isso significa que essas moléculas são as responsáveis por determinar os genes certos que devem ser transcritos em mRNA e traduzidos em formato de proteínas específicas.

Isso ajuda a explicar a diversidade e a especialização das células humanas. Um neurônio e uma célula muscular podem ter o mesmo DNA, mas são muito diferentes, por causa da atuação dos microRNAs. Eles se conectam ao RNA mensageiro e impedem os ribossomos de identificar e produzir proteínas correspondentes aos genes que eles representam.

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Os cientistas acreditavam que o microRNA era uma esquisitice da natureza, característica única só presente no Caenorhabditis elegans. Nos anos seguintes, mais variedades foram sendo descobertas. Só os seres humanos codificam mais de mil microRNAs diferentes.

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Cada microRNA pode regular várias moléculas de RNA mensageiro, e cada molécula de mRNA é muitas vezes regulada por vários microRNAs diferentes. Assim, essas pequenas moléculas podem decidir quais genes vão ser expressos nas mais diferentes células, que, com o mesmo DNA, podem servir tanto para ossos como para o cérebro.

Na terça-feira, será anunciado o Prêmio Nobel de Física de 2024, seguido pelo prêmio de Química na quarta. O último Nobel de Medicina também teve a ver com RNA, premiando os cientistas responsáveis pelas vacinas baseadas nas moléculas mensageiras.

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