Vamos resumir o processo para decolar pela Nasa – outras agências espaciais evidentemente não seguem o mesmo passo a passo, embora as exigências não sejam tão diferentes.
Primeiro, você precisa ser cidadão americano. Depois, ter no mínimo um mestrado – de preferência um doutorado – em ciências exatas ou biológicas, engenharia ou matemática. Não adianta sair da faculdade direto para o foguete: o candidato também precisa ter trabalhado por no mínimo três anos em sua área de atuação ou, alternativamente, ter completado mais de mil horas de voo pilotando aviões a jato. Por fim, você precisa passar em uma série de avaliações físicas: pressão sanguínea, acuidade visual e até altura (os candidatos precisam ter mais de 1,57 m e menos de 1,90 m).
Essa é só a pré-seleção. Em 2016, 18,3 mil pessoas se inscreveram. Só algumas dezenas são convidadas para as entrevistas presenciais no Johnson Space Center, em Houston, no Texas. Metade delas voltará para uma segunda entrevista, da qual sairão alguns poucos selecionados. Passar nesse processo seletivo é fácil perto do treinamento que há pela frente.
Os candidatos precisam aprender a pilotar caças de treinamento T-38, estudam o funcionamento da Estação Espacial Internacional (ISS) à exaustão, treinam o uso de braços robóticos, aprendem todos os protocolos para operar os trajes e inclusive simulam caminhadas em gravidade zero no interior de aviões que realizam manobras especiais.
Há testes de natação exaustivos, exposição a diferentes pressões e uma série de outras avaliações físicas. Até pouco tempo atrás, era preciso também falar um pouquinho de russo, pois os foguetes utilizados eram russos – no final de 2020, a Nasa enviou os primeiros astronautas usando tecnologia da SpaceX, de Elon Musk.
Pergunta de @larinthesky, via Instagram
Fonte: artigos “Astronaut Requirements” e “Astronaut Selection and Training” da Nasa.