10 boas séries para assistir no Apple TV+
O streaming de hits como "Ted Lasso" e "Ruptura" tem várias pérolas em seu catálogo. Conheça algumas.
The New Look
Lançada em fevereiro, esta série se passa na França ocupada pela Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Mas esqueça os tanques e as trincheiras. O foco aqui é o mundo da moda e como os grandes nomes da alta costura da época viveram esse período.
A história começa de trás para frente, no pós-guerra, quando Christian Dior (Ben Mendelsohn) ganhou fama com a coleção “New Look” (“novo visual”), que se tornou um marco da retomada fashion após o conflito. A série então, volta no tempo para mostrar a vida de Dior (cuja irmã era membro da resistência francesa) e a da estilista Coco Chanel (Juliette Binoche), que trabalhou como espiã para os nazistas. Os novos episódios estreiam às quartas-feiras.
Ted Lasso
Em 2013, o ator Jason Sudeikis criou o personagem Ted Lasso, um técnico de futebol americano que acaba indo treinar um time de futebol na Inglaterra. Ele foi o protagonista de uma divertida campanha do canal NBC para promover as transmissões do campeonato inglês (você pode assisti-la aqui).
Sete anos depois, a esquete da NBC se transformou em uma série completa. Na história, Lasso é contratado pelo AFC Richmond, que luta contra o rebaixamento. É tudo parte da estratégia de Rebecca Welton (Hannah Waddingham), dona do time que quer se vingar do ex-marido, antigo proprietário e fã do clube. Ela só não contava com o carisma de Ted, capaz de conquistar todo mundo ao seu redor – inclusive ela.
Ted Lasso fez a limpa nas categorias de comédia das últimas edições do Emmy, o principal prêmio da TV americana. Com três temporadas, ela brinca com o universo esportivo, mas não só: com pitadas de drama, fala sobre amizade, relacionamentos e saúde mental. Um ótimo programa para ficar com o coração quentinho.
1971
A edição mais recente da lista dos 500 maiores álbuns de todos os tempos da revista Rolling Stone tem What`s Going On, de Marvin Gaye, no primeiro lugar. O disco saiu em 1971 – ano que muitos consideram como um dos mais importantes da música.
Esse é o mote da série de oito episódios de Asif Kapadia, diretor do documentário de 2010 sobre Ayrton Senna. Com relatos e registros poderosos, a produção traça um panorama sociopolítico de 1971 e o relaciona com o que lendas como Gaye, John Lennon, Joni Mitchell e David Bowie estavam criando na época.
Pachinko
O romance Pachinko, da escritora sul-coreana Min Jin Lee, acompanha várias gerações de uma família imigrante – e as dificuldades em se adaptar em um novo país. A saga começa com a jovem Sunja, que mora em um vilarejo na Coreia no início do século 20. Ao crescer, ela se casa e vai morar no Japão. A história segue até os anos 1980 e a mostra Sunja já idosa com seus vários descendentes.
A obra virou um best-seller e foi eleita um dos dez melhores livros de 2017 pelo jornal New York Times. A adaptação do Apple TV+, lançada em 2022, tem oito episódios – e foi renovada para uma segunda temporada. Repleta de saltos temporais, as fases da história se desdobram ao mesmo tempo. Quem interpreta Sunja já velhinha é a ótima Youn Yuh-jung, vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 2022 pelo filme Minari.
Ruptura
Imagine que fosse possível desligar a chavinha do seu cérebro durante o trabalho. Você bate ponto às nove da manhã e, num piscar de olhos, já são cinco da tarde. Um expediente express e indolor.
Mas há um porém. Enquanto seu cérebro está no modo avião, um naco da sua consciência está ali, trabalhando. É uma parte de você, com personalidade, opinião e memórias próprias – mas que não sabe o que é tempo livre. O trampo acaba e, num piscar de olhos, recomeça.
Essa é a premissa do sci-fi Ruptura (Severance, no original), um dos grandes sucessos do Apple TV+. A série acompanha Mark (Adam Scott), que trabalha numa empresa que implantou essa divisão mental em seus funcionários. Aos poucos, tanto a versão de Mark do mundo exterior quanto a versão corportativa, que não sai do escritório, começam a questionar esse sistema.
A segunda temporada de Ruptura está em produção, mas ainda não há data de estreia.
Shrinking
Dois dos três criadores de Ted Lasso produzem esta dramédia sobre a vida de Jimmy (Jason Segel), um psicólogo que tem dificuldade em voltar a trabalhar depois da morte de sua esposa.
De luto e frustrado com sua clínica, Jimmy resolve mudar de abordagem: na contramão da cartilha da psicologia, ele resolve falar tudo o que pensa sobre os problemas de seus pacientes – e dá conselhos diretos sobre como resolvê-los (não à toa, o nome da série em português é Falando a Real). Em alguns casos, funciona; em outros, a situação sai completamente do controle.
Para além da performance de Segel (o Marshall de How I Met Your Mother), um trunfo da série são os seus personagens secundários Paul (Harrison Ford) e Gabby (Jessica Williams), parceiros de Jimmy na clínica que, assim como ele, também precisam lidar com os próprios problemas enquanto ajudam a cuidar de outras pessoas.
Mythic Quest
Misture The Office, The Big Bang Theory e Silicon Valley e você vai obter algo na linha desta comédia lançada em 2020, que acompanha o dia a dia de uma desenvolvedora de games – cujo carro-chefe é o tal Mythic Quest, RPG online com milhões de jogadores.
Dos criadores de It`s Always Sunny in Philadelphia, uma das sitcoms mais longevas da TV americana, Mythic Quest faz piada com a cultura pop, com o universo tech e, claro, com o mundo corporativo. O inventor do jogo, Iam Grimm (Rob McElhenney), é um gênio criativo com mania de grandeza (pense numa mistura de Steve Jobs com o mais picareta dos coaches). A ele se juntam Poppy (Charlotte Nicdao), a programadora workaholic, Brad (Danny Pudi), o diretor financeiro ganancioso, e mais uma penca de personagens divertidos.
Mark Ronson – A Evolução do Som
Mark Ronson é um dos produtores por trás da trilha sonora de Barbie (2023). Há, inclusive, um clipe de “I`m Just Ken” em que ele aparece ao lado do ator Ryan Gosling. Mas sua carreira vai muito além disso. Aos 48 anos, o produtor de hits como “Uptown Funk” já colaborou com dezenas de artistas consagrados, como Amy Winehouse e Paul McCartney.
Nesta série de seis episódios, Ronson conversa com vários músicos para nos apresentar os elementos que moldaram a história do pop: samples, distorções, o Auto-Tune… Quase tudo é gravado em forma de bate-papo, dentro de estúdios, o que aumenta a imersão nesse universo.
The Morning Show
Estrelada por Jennifer Aniston e Reese Witherspoon, este drama foi uma das primeiras apostas da Apple para bombar a sua plataforma de streaming, lançada em novembro de 2019. A empresa investiu US$ 15 milhões por episódio (um dos orçamentos mais caros da TV) para contar os bastidores de um telejornal e a demissão da estrela do programa, o âncora Mitch Kessler (Steve Carell), após denúncias de assédio sexual.
A temática jornalística permite a The Morning Show mesclar o enredo dos personagens com assuntos do noticiário. O caso de Kessler veio na esteira do movimento #MeToo, que explodiu em 2017. A produção já falou também sobre incêndios florestais na Califórnia, a pandemia, a morte de George Floyd, a invasão ao Capitólio e até a corrida espacial por empresas privadas (o personagem de Jon Hamm na terceira temporada tem um quê de Elon Musk).
For All Mankind
O que aconteceria se o primeiro país a pousar na Lua fosse a União Soviética, e não os EUA? Para a série For All Mankind, que apresenta essa realidade alternativa, a corrida espacial não terminaria nos anos 1960. Pelo contrário: continuaria a todo vapor.
Lançada em 2019, a produção mostra como a Nasa, com o ego ferido, resolveu investir ainda mais pesado na exploração lunar e na criação de bases e laboratórios no satélite. Segundo os criadores da série, há planos para sete temporadas (atualmente, está na quarta), que devem contar a história em um intervalo de 70 anos.