AI adapta vídeos da missão Apollo para alta qualidade; assista
No aniversário de 51 anos do homem na Lua, relembre os momentos históricos gravados na década de 1970 – com resolução de 2020
O homem pisou na Lua pela primeira vez na madrugada do dia 21 de julho de 1969. Quem teve a honra de dar o primeiro passo histórico foi o astronauta Neil Armstrong, a bordo da missão Apollo 11. Depois dele, outros 11 astronautas estiveram no satélite natural por meio das missões Apollo 12, 14, 15, 16 e 17. Essa última aconteceu em 1972, e desde então o homem não voltou mais à Lua.
Todas as missões Apollo foram gravadas. O pouso da Apollo 11 foi televisionado para 33 países e contou com 600 milhões de espectadores em todo o mundo. Por mais que tenha sido emocionante acompanhar um evento histórico ao vivo, precisamos admitir que a qualidade do vídeo não era das melhores. A maior parte das imagens estão granuladas e borradas.
Agora, com o desenvolvimento de tecnologias digitais, ferramentas de inteligência artificial estão ajudando a reviver esses momentos históricos. Um especialista em restauração que se identifica como DutchSteamMachine na internet recriou alguns dos vídeos da missão Apollo em alta qualidade. Veja um deles abaixo:
O vídeo original foi gravado em 12 FPS (frames por segundo). Isso significa que ele é composto por 12 “fotos” a cada segundo de vídeo, dando movimento à imagem. O restaurador adaptou o vídeo para 60 frames por segundo usando uma ferramenta chamada Depth-Aware video frame INterpolation, ou DAIN.
O software analisa as imagens e preenche o vídeo com os frames que faltam. É uma forma de processamento para deixar o vídeo mais fluido e menos borrado. Um trecho de 5 minutos, como o que você viu aí em cima, demora entre 6 e 20 horas para ser processado.
Outras iniciativas já aplicaram a técnica para revitalizar as filmagens, mas o restaurador “nunca ficou feliz com o resultado”, e resolveu tentar por si só. Ele trabalhou em cima de imagens da NASA na maior resolução disponível. O software cria cinco frames “falsos” para cada dois verdadeiros. Isso significa que, para cada segundo, 12 dos frames são originais, enquanto 48 são gerados pela IA.
O vídeo dos históricos primeiros passos de Neil Armstrong encontra-se em uma frequência ainda menor, que varia entre 1 e 12 frames por segundo, segundo o restaurador. Nesse caso, ele conseguiu passar o vídeo para 24 FPS. O resultado você vê abaixo.
A técnica tem sido usada para restaurar vídeos ainda mais antigos, como o “Chegada de um trem à estação”, gravado em 1896 pelos irmãos Lumiére. Você encontra outros vídeos restaurados da missão Apollo no canal do YouTube do restaurador.