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“Estamos em uma corrida espacial com a China”, afirma o administrador da NASA

Em uma coletiva de imprensa, envolvidos na Artemis II deram atualizações da missão, planejada para novembro de 2024, e comentaram as novas expectativas e interesses na Lua.

Por Leo Caparroz
8 ago 2023, 20h05

O sucesso da Artemis I marcou também o início da próxima etapa no retorno da Nasa à Lua. Desde 1972, data da última missão Apollo, humanos não pisam em solo lunar. A organização planeja, em dezembro de 2025, mudar isso com a Artemis III.

O destino é diferente do passado. Dessa vez, os astronautas vão visitar o polo sul do satélite. O interesse renovado na Lua é, principalmente, por causa da possibilidade de encontrar água. Já foi confirmada a presença de gelo em crateras profundas nos polos, escondido da luz do Sol. Cientistas planejam estudar in loco se ela é acessível e utilizável em missões futuras ou em uma estadia lunar.

“Depois de 50 anos, estamos voltando à Lua para aprender a viver no espaço por longos períodos de tempo, para que possamos ir para Marte e voltar em segurança”, afirma Bill Nelson, administrador da Nasa em uma recente coletiva da organização. 

Mas isso é um futuro ainda distante. Entre a primeira e a terceira partes do plano, existe a Artemis II. A Artemis I foi um voo não tripulado em volta da Lua, basicamente para testar o caminho proposto – quando se trata de viagens espaciais, todo o cuidado é pouco. A cápsula retornou, e a Nasa já anunciou a tripulação da Artemis II, que vai usar a mesma órbita testada.

“Ainda estamos visando novembro de 2024 como a meta para a Artemis II”, afirma Jim Free, administrador associado da Nasa, responsável pelas missões de exploração. “Artemis I foi uma ótima missão, aprendemos muito e o sucesso foi incrível. A única coisa que a gente aproveita dela é a engenharia. Estamos usando equipamentos e máquinas novas, e precisamos ter todos os cuidados, preocupação e vigilância de novo pela segurança dos astronautas.”

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Os quatro tripulantes da Artemis II visitaram, pela primeira vez, a nave em que será realizada a missão, guardada no Centro Espacial Kennedy, na Flórida. Os astronautas estão em uma rotina intensa de estudo e preparação para integrar a missão e a viagem.

Captura de tela realizada durante live da comissão da NASA.
(NASA Live: Official Stream of NASA TV/Youtube/Divulgação)

“Muitas pessoas nos perguntam: como saber se a Artemis II foi um sucesso? Para nós quatro, a missão será um sucesso quando vermos nossos colegas na superfície da Lua, e pessoas seguindo nossos passos, pisando em Marte e voltando”, afirma Reid Wiseman, comandante da missão. “ A Artemis II é uma pequena nota de rodapé do projeto Artemis. Quando trabalhamos, estamos pensando no futuro.”

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E esse futuro também é importante não só do ponto de vista científico, mas também estratégico. Para a Nasa, existe uma ameaça para as missões de exploração espacial internacionais.

“Estamos em uma corrida espacial com a China”, defende Nelson. “Os ideais da Artemis, assinados até agora por 28 países, incluem o uso pacífico e cooperativo do espaço – de forma internacional. Naturalmente, não quero que a China chegue, com humanos, no polo sul primeiro e diga ‘isso é nosso, fique fora’. Precisamos proteger os interesses da comunidade internacional.”

Caso encontrem água em abundância, que seja acessível e utilizável para tripulações, a Nasa afirma que quer “ter certeza de que esteja disponível para todos, não só aqueles que dizem possuir aquilo.”

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Dessa vez, os cosmonautas russos não são um problema. Depois da saga original da corrida espacial, os Estados Unidos tiveram missões em colaboração com a Rússia. Atualmente, os russos foram passados para trás e não tem condições de competir pela primeira presença humana no polo sul lunar. Eles ainda têm suas missões espaciais próprias, mas nada capaz de rivalizar com EUA e China.

“Desejamos boa sorte para eles”, afirma Nelson. “Mas nossa corrida atualmente é com a China”.

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