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Prêmio internacional de fotografia espacial anuncia vencedores. Veja as imagens escolhidas

O troféu é organizado por um observatório britânico. Os melhores cliques serão exibidas no National Maritime Museum, em Londres.

Por Manuela Mourão
16 set 2024, 18h00

A exposição Astronomy Photographer of the Year, organizada pelo Observatório de Greenwich, do Reino Unido, destaca as melhores fotografias espaciais do mundo, desde paisagens celestes deslumbrantes até imagens impressionantes (e detalhadas) de planetas e galáxias distantes.

Todos os anos, competidores de todos os cantos para participar da exposição final. O vencedor geral recebe 10 mil libras (o equivalente a R$ 73 mil) e o título de Fotógrafo de Astronomia do Ano. Os primeiros e segundos lugares nas demais categorias também são recompensados. 

Tirar fotos do espaço exige grande conhecimento técnico. Isso porque imagens do cosmos muitas vezes nascem a partir de ondas eletromagnéticas que nossos olhos não captam – para, só depois, serem traduzidas para a visão humana. Você pode entender melhor a ciência desses cliques nesta reportagem da Super.

A competição de fotografias espaciais é aberta a todos. Na edição deste ano, 3.500 profissionais e amadores se inscreveram. Os vencedores foram anunciados no último dia 13. Confira as imagens laureadas:

Categorias Nosso Sol e Fotógrafo de Astronomia do Ano: “Sombras distorcidas da superfície da Lua criadas por um eclipse anular”, por Ryan Imperio

Esta imagem H-alfa do Sol apresenta a silhueta da Estação Espacial Internacional transitando pelo limbo solar oriental. Cruzando o campo de visão em apenas 0,2 segundos, os trânsitos do Sol na ISS são particularmente raros a partir de qualquer local da Terra. O sol estava ativo e um destaque pode ser visto logo ao lado do local de trânsito da estação
(Tom Williams/Reprodução)

A foto é uma sequência de imagens capturadas de maneira contínua, mostrando a progressão do fenômeno Contas de Baily (ou Anel de Diamante de Baily) durante o eclipse solar anular em 2023.

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À medida que o Sol é coberto pela Lua, a topografia lunar, naturalmente acidentada, faz com que a luz solar brilhe através das crateras e vales, criando um padrão que lembra um anel de brilhantes ao redor da Lua. Esse fenômeno só pode ser observado no início ou no fim do eclipse, e pode durar menos de um minuto, o que torna a foto extremamente complicada de ser feita.

Vice-Campeão na categoria Nosso Sol: “Cronógrafo Coronal”, de Peter Ward

Esta imagem mostra a coroa solar no máximo solar e no mínimo solar. A metade inferior da foto foi tirada em 2017, próximo ao mínimo solar. A metade superior foi tirada aproximando-se do máximo solar seis anos depois. Tentar transmitir os aspectos contrastantes da coroa solar durante o período intermediário foi um desafio. O fotógrafo tentou diferentes cores e combinações antes de envolver as imagens coronais normalmente circulares em um formato retangular para simplesmente visualizar as mudanças ao longo do tempo em uma única imagem.
(Peter Ward/Reprodução)

A imagem captura a coroa solar em seu ciclo de máximo e mínimo de atividade, que dura 11 anos. A foto foi dividida em duas etapas: uma feita em 2017, quando a coroa estava próxima de atingir seu mínimo solar, vista na parte inferior da foto e a outra, feita em 2023, quando o Sol atingia seu máximo solar. 

O tempo de espera foi um desafio, principalmente quando o fotógrafo começou a perceber as diferenças que a coroa ia mostrando ao longo dos anos, mas ele achou uma solução: apresentar a imagem, que normalmente é vista de forma circular, em um formato retangular, para que a mudança ocorrida com o tempo pudesse ser vista e comparada em uma só foto.

Aurora: “Queenstown Aurora”, by Larryn Rae

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A aurora austral capturada acima das montanhas em Queenstown, Nova Zelândia. É um panorama de 19 imagens que captura todos os raios rápidos que iluminaram o céu em fevereiro de 2023. O fotógrafo usou uma câmera astro-modificada para capturar todos os tons rosa da aurora, o que cria uma imagem final incrivelmente dinâmica.
(Larryn Rae/Reprodução)

Utilizando o compilado de um panorama de 19 imagens diferentes, para capturar todos os raios que iluminaram o céu acima das montanhas de Queenstown, na Nova Zelândia, o fotógrafo conseguiu representar os intensos tons de rosa da aurora austral que iluminou o céu neozelandês em fevereiro de 2023.

Nossa Lua: “Picos sombrios de Sinus Iridum”, de Gábor Balázs

Esta fotografia mostra Sinus Iridum, também conhecida como Baía dos Arco-Íris, uma cratera de impacto com 260 quilómetros de diâmetro, rodeada por várias crateras mais pequenas. O fotógrafo usou uma câmera monocromática com filtro para capturar a área. A cratera visível no canto superior direito, Pitágoras, é particularmente notável e é quase visível de lado devido à libração, a oscilação da Lua vista da Terra.
(Gábor Balázs/Reprodução)

Considerada uma das mais belas paisagens lunares, essa fotografia mostra a cratera Sinus Iridum, também conhecida como Baía dos Arco-Íris. O local tem 260 quilômetros de diâmetro e é rodeado por várias outras crateras menores. O tom dramático da imagem se dá pela escolha de deixar a imagem em preto e branco, o que reforça o contraste entre o lado iluminado e as sombras.

Galáxias: “Ecos do Passado”, de Bence Tóth e Péter Feltóti

Esta imagem mostra a galáxia NGC 5128 e o sistema de ondas gigantes que a rodeia, bem como uma visualização do jato relativístico – poderosos jatos de radiação e partículas viajando perto da velocidade da luz. Este alvo só pode ser fotografado no hemisfério sul, por isso os fotógrafos viajaram para a Namíbia para capturar a imagem
(Bence Tóth e Péter Feltóti/Reprodução)

Esta imagem mostra a galáxia NGC 5128 e as enormes ondas que a cercam, além de um jato de radiação e partículas que se movem quase na velocidade da luz. Como só é possível fotografar esse alvo no hemisfério sul, os fotógrafos foram para a Namíbia para conseguir essa imagem.

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Pessoas e Espaço: “Silhueta de alta tecnologia”, de Tom Williams

Esta imagem H-alfa do Sol apresenta a silhueta da Estação Espacial Internacional transitando pelo limbo solar oriental. Cruzando o campo de visão em apenas 0,2 segundos, os trânsitos do Sol na ISS são particularmente raros a partir de qualquer local da Terra. O sol estava ativo e um destaque pode ser visto logo ao lado do local de trânsito da estação
(Tom Williams/Reprodução)

Esta imagem do Sol mostra a silhueta da Estação Espacial Internacional passando pelo lado leste do Sol. A estação atravessa em apenas 0,2 segundos, e esse tipo de passagem é rara de ser vista de um só lugar na Terra, o que só aumentou a dificuldade da foto (a estação ser quase uma formiguinha perto da imensidão solar também não é um facilitador). 

Pessoas e Espaço, foto altamente elogiada: “O Grande Irmão está observando você”, de Matt Jackson

Esta imagem mostra todos os satélites capturados durante uma hora de uma série de lapso de tempo. O fotógrafo escolheu este assunto para destacar suas preocupações com a privacidade e o poder que advém do controle da tecnologia
(Matt Jackson/Reprodução)

Esta imagem mostra todos os satélites que foram capturados no espaço de uma hora ao fundo de um elevador de grãos antigo, e é uma série de fotos timelapse (na qual vários cliques são tirados para transmitir a ideia da passagem de tempo).

Segundo o prêmio, o fotógrafo escolheu o título da imagem (uma referência ao livro 1984, de George Orwell) para fazer uma reflexão sobre a privacidade e o poder que vem com o controle da tecnologia.

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Planetas, Cometas e Asteroides: “Aproximando-se”, de Tom Williams

Esta composição em cores falsas mostra as fases de Vénus na aproximação à conjunção inferior, quando Vénus e a Terra aparecem próximos do mesmo lado do Sol. Usando filtros ultravioleta e infravermelho, a intrincada estrutura das nuvens na atmosfera superior do planeta é revelada. Apesar do período de rotação de Vênus durar muitos meses, a atmosfera está longe de ser estacionária, circundando o planeta em cerca de quatro dias. Isto torna a imagem UV de Vênus particularmente interessante, pois o planeta é muito mais dinâmico do que seria se visto no espectro visível.
(Tom Williams/Reprodução)

Esta foto em cores falsas mostra as fases de Vênus quando ele e a Terra estão no mesmo lado do Sol. Usando filtros ultravioleta e infravermelho, é possível ver a complexa estrutura das nuvens na atmosfera superior do planeta (que é composta praticamente de CO2).

Embora Vênus gire lentamente, sua atmosfera se move rapidamente ao redor do planeta em cerca de quatro dias. Por isso, a imagem feita em UV mostra um planeta mais dinâmico do que parece a olho nu.

Paisagens celestes: “Joias da Tasmânia”, de Tom Rae

Esta fotografia mostra os picos escarpados do vale da Tasmânia alcançando as características impressionantes do céu noturno de verão do hemisfério sul. Inclui as nuvens de hidrogénio da nebulosa Gum – a região vermelha central – e várias outras regiões de formação estelar activa que se estendem pelos braços mais ténues da Via Láctea.
(Tom Rae/Reprodução)

Este fotógrafo decidiu mostrar as montanhas íngremes do vale da Tasmânia contrastando com o céu de uma noite de verão do hemisfério sul. Na imagem, é possível ver as nuvens de hidrogênio da nebulosa Gum – a região vermelha no centro – e outras áreas onde novas estrelas estão se formando, estendendo-se por lados tênues da Via Láctea. 

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Vice-campeão da categoria Paisagens celestes: “Sinfonia do Céu Noturno”, de Fei Xue

Durante uma sessão fotográfica de duas horas, o fotógrafo capturou os rastros de estrelas se movendo no céu noturno enquanto a Terra girava. Os fragmentos da imagem são colunas de metal no chão. A composição foi conseguida colocando a câmera no chão e fotografando em ângulo baixo
(Fei Xue/Reprodução)

Por duas horas, Fei Xue capturou o movimento das estrelas durante o movimento da Terra. Apoiando a câmera no chão, para que as colunas de metal próximas de onde estava ficassem visíveis, o fotógrafo observou noite afora. O resultado? Um céu rabiscado, cheio de caminhos estelares. 

Estrelas e Nebulosas: “SNR G107.5-5.2, Descoberta Inesperada (A Nebulosa Nereides em Cassiopeia)”, de Marcel Drechsler, Bray Falls, Yann Sainty, Nicolas Martino, Richard Galli

Esta fotografia é o resultado de 3.559 frames, 260 horas de exposição e telescópios em três continentes. A equipe trabalhou para explorar e fotografar um gigantesco remanescente de supernova até então desconhecido no centro da constelação de Cassiopeia.
(Marcel Drechsler, Bray Falls, Yann Sainty, Nicolas Martino, Richard Galli/Reprodução)

A equipe trabalhou para encontrar e fotografar um enorme remanescente de supernova que ninguém havia visto antes, que habita o centro da constelação de Cassiopeia. Esta foto foi feita a partir de 3.559 imagens, com 260 horas de trabalho e telescópios em três continentes.

Estrelas e Nebulosas, foto altamente elogiada: “Região de Antares”, de Bence Tóth

Esta imagem mostra as formações de poeira e gás em torno da estrela Antares. O fotógrafo viajou para a Namíbia como parte de uma expedição astrofotográfica para capturar esta imagem. Uma lente telefoto foi usada para alcançar o enorme campo de visão, mas um mosaico de cinco painéis – três painéis RGB e dois painéis H-alfa – foi necessário para mostrar esta enorme região em uma imagem.
(Bence Tóth/Reprodução)

Esta imagem mostra a poeira e o gás ao redor da estrela Antares. O fotógrafo foi para a Namíbia como parte de uma expedição para tirar fotos do espaço. O resultado surpreende, as diferentes fumaças criam uma sensação mágica para quem vê a foto. 

Vencedor da categoria Sir Patrick Moore para o melhor estreante: “SH2-308, Nebulosa Cabeça de Golfinho”, de Xin Feng e Miao Gong

SH2-308, ou nebulosa Cabeça do Golfinho, está em um ângulo baixo e só pode ser filmada cinco horas por dia. Esta imagem compreende um total de 10 dias de filmagem e pós-processamento com PixInsight. O corpo principal da nebulosa e o vento estelar de fundo são ambos proeminentes
(Xin Feng and Miao Gong/Reprodução)

Como o nome diz, essa nebulosa fofa lembra o formato da cabeça de um golfinho e, dada a sua posição no céu, só pode ser fotografada durante cinco horas por dia. Foram necessários 10 dias de captura e edição para registrar essa nuvem de poeira e gases.

Jovem Fotógrafo: “NGC 1499, Uma Califórnia Empoeirada”, de Daniele Borsari 

Esta imagem apresenta uma integração profunda na nebulosa da Califórnia, NGC 1499, uma nebulosa de emissão na constelação de Perseu. Está localizado a uma distância de cerca de 1.000 anos-luz da Terra e é visível graças à ionização de gases pela estrela gigante azul Xi Persei, ou Menkib
(Daniele Borsari/Reprodução)

Esta imagem mostra a nebulosa da Califórnia, NGC 1499, uma nebulosa de emissão na constelação de Perseu. Ela mora a cerca de mil anos-luz da Terra e é visível porque a estrela gigante azul Xi Persei, também conhecida como Menkib, ioniza os gases ao redor (ou seja: os carrega eletricamente suas moléculas). A foto foi feita por uma jovem de apenas 14 anos.

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