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Alguns donos de gatos exageram no carinho aos bichinhos, diz estudo

Cientistas ingleses fizeram uma experiência com 120 voluntários - e constataram que as pessoas que mais gostam de gatos nem sempre são as que tratam melhor os bichanos

Por Leo Caparroz
Atualizado em 15 ago 2022, 18h16 - Publicado em 15 ago 2022, 18h13

Um estudo revela que, mesmo se considerando experientes ao lidar com gatos, algumas pessoas podem dar carinho demais aos seus felinos – ou não expressá-lo de maneira ideal.

Pesquisas anteriores da mesma equipe já ajudaram a identificar formas de deixar os gatos à vontade, ou pelo menos deixá-los menos hostis e um pouco mais afetuosos. Os cientistas identificaram áreas do corpo onde os bichanos gostam de ser acariciados, além de como e quando eles preferem ser pegos.

Nessa nova pesquisa, eles descobriram que os amantes de gatos tendem a acariciá-los em regiões sensíveis demais, e não dão aos felinos muita escolha sobre como são tratados.

“Claro, cada gato é um indivíduo e muitos terão preferências específicas sobre como preferem interagir”, afirma Lauren Finka, principal autora do estudo. “No entanto, também existem alguns princípios gerais a serem seguidos para garantir que cada gato esteja o mais confortável possível e que suas necessidades específicas sejam atendidas”.

No estudo, cerca de 120 voluntários passaram cinco minutos cada em um abrigo de cães e gatos no Reino Unido, com três gatos que eles não conheciam. Antes, cada voluntário também preencheu uma pesquisa em que autoavaliava sua personalidade e experiência com gatos.

Tirando uma instrução de deixar os gatos se aproximarem ao invés de segui-los pela sala, os voluntários foram incentivados a interagir com os bichinhos como normalmente fariam com seus próprios gatos, baseados em suas experiências.

Curiosamente, as pessoas que se classificaram como mais experientes com gatos costumavam tocar os animais na base da cauda, nas ​​pernas, costas e barriga – áreas onde os gatos normalmente não gostam de ser acariciados; geralmente preferem orelhas, bochechas e embaixo do queixo.

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Além disso, os participantes que relataram ter mais gatos em casa e que têm gatos há mais tempo não davam aos gatos tanto controle e liberdade durante as interações. Por outro lado, indivíduos classificados com maior amabilidade eram menos propensos a tocar as regiões sensíveis; e aqueles com experiência formal de trabalho com felinos eram mais sensíveis aos desejos dos gatinhos.

A ideia do estudo não é fazer ninguém se sentir mal pelo jeito que lida com seu gato, e sim incentivar interações benéficas com os bichanos; seja para donos experientes ou para os de primeira viagem. Com o apoio correto, qualquer um, independente da experiência, pode dar um bom lar para um gato.

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