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Estação Espacial Internacional será aposentada em 2030

O laboratório espacial está na terceira década de funcionamento e deixará de orbitar a Terra com um mergulho no “Ponto Nemo”, no Oceano Pacífico. Entenda.

Por Luisa Costa
Atualizado em 3 fev 2022, 18h31 - Publicado em 3 fev 2022, 18h22

Inaugurada em 2000, a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) possibilitou a presença humana no espaço desde então, abrigando astronautas de diversos países. Mas seus dias estão contados: ela continuará em operação até o final de 2030 e, então, deixará de orbitar a Terra, caindo no Oceano Pacífico.

A ISS viaja ao redor do planeta em uma altitude de aproximadamente 400 km – em uma região conhecida como “órbita terrestre baixa”. Ela funciona como observatório, abriga experimentos científicos em microgravidade e pode funcionar como base para manutenção e preparação de missões espaciais.

A estação foi originalmente planejada para operar por 15 anos, mas análises posteriores apontaram que sua vida útil poderia se prolongar. Em dezembro, a Nasa anunciou que as operações da ISS continuariam até o fim da década. Agora, divulgou um relatório que detalha os planos para desativar a estação.

A agência norte-americana espera economizar US$ 1,3 bilhão em 2031 com a aposentadoria da ISS – dinheiro que poderá ser aplicado em outras frentes, como iniciativas de exploração de regiões mais distantes do espaço.

Mas as atividades no laboratório espacial não param por enquanto. A Nasa afirma que a estação está mais movimentada do que nunca, e esta terceira década de funcionamento será a mais produtiva em relação às pesquisas desenvolvidas por lá.

Agora, um dos objetivos é “estabelecer as bases para um futuro comercial na órbita baixa da Terra”. “Esperamos compartilhar as lições que aprendemos e nossa experiência de operação com o setor privado, para ajudá-lo a desenvolver destinos espaciais seguros, confiáveis e econômicos”, disse Phill McAlister, diretor de espaço comercial da Nasa, em comunicado.

O destino da ISS

A Nasa planeja pôr um fim à ISS em janeiro de 2031 com um “mergulho” no Ponto Nemo, situado no Oceano Pacífico. O destino é o lugar mais distante de qualquer porção de terra no planeta, localizado a cerca de 2,6 mil quilômetros de três ilhas remotas – Ilha Dulcie, Moto Nui e Ilha Maher. (Você pode clicar aqui para conferir o quão isolado ele é.)

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“Ponto Nemo” homenageia Capitão Nemo, personagem de Vinte Mil Léguas Submarinas, obra do escritor francês Júlio Verne. Nemo significa “ninguém” em latim, e é um nome apropriado – os seres humanos que mais se aproximam do Ponto são astronautas da ISS. Por conta disso, o local é usado por agências espaciais como um lixão.

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Quando um satélite fica sem combustível, por exemplo, e chega ao fim de sua vida útil, ele desacelera e deixa de orbitar o planeta. Entrando na atmosfera terrestre, a milhares de quilômetros por hora, ele pode queimar por completo e deixar de existir. Mas esse não é o caso de estruturas maiores, como espaçonaves e estações espaciais.

Os operadores desses objetos planejam sua trajetória de modo que o destino final seja o Ponto Nemo, para que a entrada de destroços na atmosfera não apresente perigo aos terráqueos.

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É exatamente o que acontecerá com a ISS.

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